Acerca desta passagem tem sido dito que este é o capítulo para o crente em um dia de ruína e fracasso. A condição arruinada em que está a profissão cristã é comparada a "uma grande casa". A casa é vista em desordem e caracterizada por estar cheia de uma mistura de coisas -- algumas honráveis e algumas desonráveis. Os vasos de "ouro e de prata" podem se referir aos verdadeiros crentes, e os vasos de "pau e de barro" aos falsos professos. Todos são vistos misturados. Considerando que a associação com o mal contamina (1 Co 15:33, 1 Tm 5:22, Ag 2:10-14, Dt 7:1-4, Js 23:11-13, 1 Rs 11:1-8 etc.), os vasos de ouro e de prata são vistos como contaminados por sua associação com os de pau e de barro. A contaminação pode emanar da associação tanto com as próprias pessoas, como com seus princípios e práticas errôneas, sejam doutrinárias, morais ou eclesiásticas.
Quando o apóstolo se refere aos vasos "para honra" e "para desonra", parece que está indicando a condição dos vasos. Enquanto todos os que são meros professos na casa certamente são vasos para desonra, nem todos os crentes podem ser vasos para honra. Se os verdadeiramente convertidos não estiveram andando bem com o Senhor eles poderiam também ser classificados como vasos para desonra. Menor ainda é o número de vasos para honra que são santificados. Encontramos, portanto, nesta passagem três classes de vasos:
1. Vasos para honra -- aqueles que estão andando bem em meio à mistura.
2. Vasos para desonra -- aqueles que andam pessimamente em meio à mistura.
3. Vasos santificados para honra -- aqueles que estão andando bem e se separaram da mistura.
Traduzido de "The One Body in Practice", por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.