Isso é simbolicamente representado em Apocalipse 11:1-2, onde fala da medição do "templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram". A medição destas três coisas significa a presença de Deus e o privilégio que alguns -- os que fazem parte do remanescente judeu -- têm de se aproximar dEle. Assim como acontecia na ordem mosaica, na qual apenas certa classe dentre o povo tinha permissão de acesso à presença de Deus no templo, também em um dia futuro será permitido o acesso a Deus apenas a um remanescente. Isto não significa que o remanescente irá entrar literalmente no templo que os judeus possuirão durante a Grande Tribulação. O templo terá sido profanado pela presença da imagem da Besta, e a adoração a Jeová será proibida. Ao remanescente, porém, será garantido um acesso espiritual à presença de Deus em oração onde quer que esteja escondido. Trata-se de algo providencial que é garantido ao remanescente naquele momento difícil (1 Rs 8:37-40). Isto está representado no segundo livro dos Salmos (Sl 42-72), onde são mostradas suas orações e exercícios nessa ocasião, quando não podem entrar no templo para orar. Mas repare que existe uma quarta coisa -- "o átrio" (Ap 11:2a), que é a grande massa de judeus professos da nação, que não é medido. "Porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses" (Ap 11:2b). Isto significa que o "átrio", a massa de judeus incrédulos, não estará sob o cuidado divino do modo como estará o remanescente. Ao invés disso, o "átrio" será entregue ao controle dos gentios -- a Besta -- por 42 meses, que é o período da Grande Tribulação. Apesar de parecer que o Senhor desistiu de Seu povo professo, Ele na verdade estará tratando com um remanescente e cumprirá neste os Seus propósitos para a nação no que diz respeito ao Seu Reino.
Traduzido de "The One Body in Practice", por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.