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Um Só Corpo na Prática - Livro Impresso

A Reuniao Administrativa de Irmaos

Quando surgem problemas que exigem um julgamento e ações administrativas na assembleia, os irmãos responsáveis devem se reunir em separado da assembleia para procurar entender os fatos em questão e buscar luz das Escrituras sobre o modo como a assembleia deve agir. Em suma, o objetivo dessa reunião de irmãos é cuidar dos assuntos referentes à assembleia. Há três ocasiões principais no livro de Atos quando os irmãos se reúnem à parte da assembleia como um todo para considerar determinadas questões (At 15:6; 20:18; 21:18). Aqueles eram concílios apostólicos. Embora não fossem exatamente reuniões locais de irmãos voltadas ao cuidado da assembleia por serem reuniões de irmãos de diferentes localidades, elas estabelecem um princípio para nós ao indicarem que as questões podem ser tratadas por irmãos em reuniões à parte da assembleia. Ali diz: "Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto" (At 15:6). Repare que não é mencionada a presença de irmãs, irmãos jovens e novos convertidos. As coisas não devem ser discutidas em detalhes diante da assembleia porque poderiam ocorrer disputas (At 15:7) que não seriam apropriadas em uma reunião pública. Além disso, os assuntos tratados podem envolver coisas que contaminam e não convém que sejam trazidas diante de todos (1 Co 14:40).



Quando os irmãos se sentirem capazes de discernir a vontade do Senhor a partir das Escrituras quanto ao que a assembleia deve fazer, eles apresentam os fatos (não necessariamente os detalhes que podem contaminar) e as conclusões bíblicas para a assembleia a fim de que as consciências de todos estejam engajadas na questão (At 15:22). Então aquela passa a ser uma decisão ratificada de "ligar" (Mt 18:18-20).

Alguns acham que os irmãos devem simplesmente apresentar uma proposta à assembleia e que esta, como um todo, deve decidir o que fazer. Apesar de tal pensamento ser em parte correto, os irmãos que assumem a liderança nesse cuidado são responsáveis em garantir que a assembleia seja guiada em um caminho bíblico quanto à forma de agir, independente de todos concordarem ou não. Se não fosse assim, então os irmãos mais velhos e responsáveis, que compreendem os princípios e sabem o que deve ser feito, poderiam ter seu julgamento fundamentado na Bíblia desafiado pelas irmãs, jovens e opositores que não concordassem com a decisão. Isso faria com que o julgamento das questões da assembleia ficasse ao encargo de pessoas com pouca experiência ou discernimento, ou talvez com uma disposição tendenciosa. É evidente que esta não seria a maneira certa de se agir. Alguns parecem nutrir a ideia de que os irmãos não podem agir até que recebam um sinal verde dessas pessoas. Isso é o mesmo que ter o povo controlando seus líderes, o que não difere da democracia. Muitos têm dificuldade em entender isso quando os anciãos procuram aplicar um julgamento bíblico sobre uma questão e surgem vozes discordantes.

Isto não significa que os anciãos tomem decisões administrativas na assembleia e que os demais irmãos não possam opinar. Nada pode ser oficialmente decidido sem que a assembleia tenha a oportunidade de ter sua consciência exercitada na questão (At 15:22), e é por esta razão que os anciãos devem apresentar o assunto diante das consciências de todos na assembleia. Os irmãos nessa posição de liderança devem ser sensíveis a qualquer objeção legítima que algum irmão ou irmã possa trazer. Mas no final são eles os responsáveis a cumprirem o papel de "anjo" da igreja agindo para a glória de Deus (Ap 2:1 etc.). A decisão não é "ligada" até que isto seja feito em assembleia, naquilo que às vezes chamamos de uma reunião para disciplina (Mt 18:19-20; 1 Co 5:4).

Traduzido de "The One Body in Practice", por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.

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