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Um Só Corpo na Prática - Livro Impresso

Juntos

Como já dissemos, o Senhor não queria que os que compõem o Seu povo estivessem meramente "reunidos" onde Ele estivesse no meio, mas que estivessem "reunidos" juntos. Isto nos remete à comunhão universal dos santos. Todos aqueles que o Espírito de Deus venha a reunir ao Nome do Senhor, onde quer que estejam, devem estar juntos. Como já foi mostrado no capítulo um, isto não significa que eles devem estar todos reunidos juntos em um mesmo ponto geográfico (como era o caso de Jerusalém no judaísmo), mas que devem agir juntos nas diferentes localidades onde o Espírito os tiver reunido, de modo a darem uma expressão universal ao fato de serem um. Isto aponta para a verdade do um só corpo na prática e demonstra que o desejo do Senhor para a assembleia desde o seu princípio era que existisse apenas uma comunhão universal dos santos.



Esta grande verdade do "um só corpo" na prática tem sido atacada. Aqueles que acreditam na autonomia das assembleias (Irmãos Abertos) nos dirão que se tentarmos praticar a verdade do um só corpo precisaremos necessariamente caminhar em comunhão com cada membro do corpo, independente de seus erros (moral, doutrinário ou eclesiástico), o que por sua vez significaria que teríamos de comprometer a santidade. Aqueles que pensam assim evidentemente não entendem o modo de Deus agir em um testemunho remanescente, quando a profissão pública do cristianismo está arruinada. Caminhar em comunhão com toda a corrupção existente na casa não é o que a Palavra de Deus chama de "unidade do Espírito". O Espírito de Deus é uma Pessoa divina, e guardar a unidade que Ele formou envolve estar em comunhão com essa divina Pessoa. Andar em comunhão com o Espírito significa andar em santidade e verdade, pois Ele é chamado de "Espírito de santificação" e "Espírito de verdade" (Jo 14:17, 15:26, 16:13, Rm 1:4). Isto necessariamente significa que devemos andar em separação de tudo o que for inconsistente com Sua santa Pessoa, conforme já vimos em 2 Timóteo 2:19-22.

Essas mesmas pessoas nos dirão que os capítulos 2 e 3 de Apocalipse demonstram que cada assembleia deve funcionar de forma autônoma, pois o Senhor dirigiu-Se a cada assembleia individualmente, considerando cada uma delas individualmente responsável. Embora isto seja verdade, é preciso lembrar que cada carta termina com o Senhor dizendo: "O que o Espírito diz às igrejas" (plural), pois apesar de cada carta ser endereçada a cada assembleia local individualmente, elas levam em consideração todas as assembleias. Cada assembleia é primeiramente responsável pelo que ocorre em seu meio, mas a responsabilidade não termina aí. A verdade completa acerca deste assunto é que a responsabilidade não acaba na assembleia local. Existe uma responsabilidade coletiva ou corporativa. Quando as coisas não são tratadas em uma assembleia local, as outras assembleias têm a responsabilidade de tratar com aquela assembleia.

Este princípio você encontra tipificado no capítulo 13 de Deuteronômio. Quando havia pecado em uma determinada cidade de Israel, as outras tinham a responsabilidade de tratar com aquela cidade por ela ter deixado que o pecado seguisse seu curso sem ser julgado. Isto não significa que irmãos de fora devem se envolver nas questões de outra assembleia, mas se uma assembleia não julga o mal existente em seu meio, após terem sido feitas várias e pacientes objeções pelos irmãos como um todo, outra assembleia (geralmente aquela que estiver circunstancialmente mais próxima -- Dt 21) pode ser obrigada a se pronunciar e, representando o corpo como um todo, repudiar a assembleia que está em pecado como se fosse uma casa contaminada pela lepra (Lv 14). Trata-se de uma decisão tomada em Nome do Senhor e, portanto, à qual todas as assembleias que estão no terreno bíblico da igreja deverão se submeter.

Traduzido de "The One Body in Practice", por Bruce Anstey publicado por Christian Truth Publishing. Traduzido por Mario Persona.

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